Três bares de Ceilândia, que funcionavam como chamariz para um prostíbulo, foram fechados na noite desta sexta-feira (18) numa ação da polícia civil. O dono do negócio é um senhor de 89 anos, informa o G1.
Os três bares funcionavam no térreo de um mesmo prédio. No primeiro andar ficavam os quartos onde ocorriam os programas. Eles eram fechados com grades e cadeados para, segundo a investigação, impedir que clientes não saíssem sem pagar.
Policiais encontraram vários preservativos no local, além de papéis pregados nas paredes com as regras de utilização de roupas, toalhas e cobertores. Um deles dizia ser proibido lavar roupas no quarto, sob pena de multa de R$ 20. “Só pode lavar calcinha”, afirmava outro.
A movimentação dos clientes e das mulheres era registrada por câmeras. “Eles usavam as meninas para ganhar dinheiro. Elas moravam na parte de cima e ali ficou bem caracterizado como casa de prostituição. Instalaram bares na parte de baixo do prédio para atrair clientes”, disse o delegado-chefe da 15ª Delegacia de Polícia, Johnson Kennedy Monteiro.
Os agentes ainda encontraram cadernos com a contabilidade dos serviços. “Quando chegava um interessado, ele pagava o valor do programa para o bar, e a menina subia para o quarto, mas ela só recebia ao final do dia ou no dia que ia embora para sua cidade. Quem fazia mais programa, ganhava mais. O dono sempre ganhando uma parte”, explicou.