Agentes e papiloscopistas, entre outros servidores da Polícia Federal, promoveram um ato público nesta segunda-feira 24, em frente à sede da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), na Avenida Paulista. Eles protestaran contra as condições de trabalho e pressionar o governo federal a abrir negociações.
Mais de 200 manifestantes marcaram presença no ato, segundo a Polícia Militar, fazendo bastante barulho com cornetas, utilizadas pelas torcidas em estádio de futebol. A categoria promete parar por dois dias em diferentes capitais do país.
A escolha do local foi proposital porque os organizadores do ato queriam entregar um ofício aos dirigentes da Federação Internacional de Futebol que participavam de um encontro na Fiesp. “Queremos chamar a atenção para o fato de que o Brasil não está com o sistema de segurança adequado para receber um evento como é o da Copa do Mundo”, defendeu o presidente da Federação Nacional dos Servidores da Polícia Federal, Jones Leal.
Ele informou que os servidores reivindicam um conjunto de melhorias que passa por reajuste dos salários. “Estamos há sete anos com os salários congelados”, queixou ele. O líder sindical disse que não está descartada uma greve durante o período da Copa.
O presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Civis Federais do Departamento de Polícia Federal do Estado de São Paulo, Alexandre Santana Sally, disse que a categoria espera por uma reestruturação na carreira e que essas modificações de melhorias estão contempladas em Projetos de Emenda Constitucional em andamento no Congresso Nacional. Tanto ele quanto Leal declararam que os servidores estão desmotivados e que é grande o número de suicídios entre esses trabalhadores.
Redação com Marli Moreira, ABr