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Contra reformas

Polícia invade, grita, mas sai de cabeça baixa da Câmara

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André Borges e Isadora Peron

Havia policiais civis armados entre os manifestantes que invadiram nesta quarta-feira, 8, os corredores da Câmara dos Deputados, na tentativa de chegar ao plenário para protestar contra a reforma da Previdência, segundo informou o chefe da Polícia Legislativa, Paul Deeter. Ninguém foi detido e não chegou a haver confronto direto, ainda se acordo com o chefe da segurança.

A invasão dos policiais causou grande tumulto no Salão Verde da Câmara. Para contê-los, os seguranças fizeram uso de bombas de gás lacrimogêneo e de sprays de pimenta. Após o lançamento das bombas, os policiais lançaram garrafas na porta. Alguns usavam máscaras. Todos no local começaram a tossir e lacrimejar por causa do gás.

Neste início de noite, cerca de 300 policiais civis ocupam o auditório Nereu Ramos, no Anexo 2 da Câmara. Policiais de todo o País vieram a Brasília protestar contra a PEC 287/16, que trata de reforma da Previdência e retira da Constituição o artigo que reconhece a atividade de risco dos profissionais de segurança pública nos critérios de concessão da aposentadoria.

Maia – O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse que um dos policiais civis que tentaram invadir o plenário da Casa sacou uma arma ao ser impedido de entrar no local. O grupo foi dispersado pela Policia Legislativa com o uso de sprays de pimenta.

Deputados e servidores que estavam nas imediações do plenário também foram atingidos, e ficaram com os olhos irritados. Diversos parlamentares reclamaram da falta de segurança da Casa. O deputado Décio Lima (PT-SC) chegou a pedir a suspensão da sessão. “Há um grave confronto nas imediações no Plenário, a Casa não está no funcionamento próprio”, disse.

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