Polícia investiga morte de advogado baleado por militares na Barra
Publicado
emA Delegacia de Homicídios (DH) da capital fluminense está investigando as circunstâncias da morte do advogado Paulo Roberto Tavares de Lemos, na Barra da Tijuca, na última terça-feira (14), por militares da Aeronáutica que retornavam da Feira Internacional de Defesa e Segurança (LAAD), no Riocentro, zona oeste da cidade.
Segundo informou hoje (16) a assessoria de imprensa da Polícia Civil do Rio de Janeiro (PCERJ), foi realizada perícia no local e os militares da Aeronáutica ouvidos na delegacia especializada. Agentes da polícia realizam diligências nas ruas em buscas de imagens de câmeras de segurança. Testemunhas estão sendo ouvidas, acrescentou a assessoria da PCERJ. Completou que somente após ouvir as versões apresentadas pelas testemunhas elas serão apuradas para identificar, de fato, o que ocasionou a morte do advogado.
A assessoria de imprensa da Força Aérea Brasileira confirmou que as investigações estão sob a responsabilidade da autoridade policial competente na cidade e que a Aeronáutica está fornecendo todas os esclarecimentos pertinentes. Informou que nove soldados da Aeronáutica estavam a serviço quando se depararam com o advogado na Barra da Tijuca, mas não soube precisar quantos se envolveram no caso.
Em nota oficial divulgada às 18h03 do próprio dia 14, o Comando da Aeronáutica comunicou que “por volta das 17h, durante o deslocamento de um grupo de militares a serviço da instituição, no bairro da Barra da Tijuca, zona oeste do Rio de Janeiro, houve um confronto envolvendo militares do Batalhão de Infantaria e um homem, que acabou sendo baleado no local”. A nota acrescenta que o Comando da Aeronáutica “colabora para elucidação do episódio”.
Versões divulgadas na imprensa relatam que o advogado estaria ameaçando motoristas e pedestres com uma faca quando recebeu voz de prisão dos militares e que, ao resistir, teria sido baleado, vindo a morrer no local. Há suspeita também, não confirmada até o momento, de que nas narinas e no carro do advogado teria sido encontrado um pó branco que, supostamente, seria cocaína.
Alana Gandra, Abr