Polícia prende oficiais e praças da PM acusados de integrar quadrilha de roubo em Maricá
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emSeis policiais militares do Rio de Janeiro, entre eles dois oficiais, são acusados de integrar uma quadrilha que praticava roubos usando armas da PM. Os tenentes Mennahem Varella de Lima e Philipe de Oliveira Nunes estão presos desde 15 de abril, e todos podem ser punidos com a expulsão da PM.
Em 11 de janeiro, os dois tenentes estavam de folga e foram a uma festa rave promovida no bairro de Inã, em Maricá (Região Metropolitana do Rio). Na época, Nunes era o comandante da 1ª Companhia do Batalhão de Polícia Rodoviária e Mannahem, subcomandante da 4ª Companhia Destacada de Maricá. Armados, eles decidiram abordar aleatoriamente as pessoas e revistá-las. Após recolher dinheiro e objetos pessoais de nove vítimas, os tenentes foram embora usando um carro com placas cobertas.
Vítimas chegaram a informar o caso à Polícia Militar, mas ninguém tomou providência. Um subtenente e um soldado que atuavam no Batalhão de Niterói, também na Região Metropolitana, receberam uma das denúncias sobre o caso e nada fizeram.
Em outro episódio, em 31 de janeiro, o tenente Nunes foi flagrado por outros PMs dirigindo um carro roubado. Ele foi encaminhado a uma base da PM, onde o caso acabou acobertado por um grupo de colegas.
Pelo episódio de 11 de janeiro, os dois tenentes foram indiciados pela Polícia Civil por roubo. O caso tramita na Justiça comum. A ordem de prisão dos dois foi emitida pelo juiz Ricardo Pinheiro e mantida pelo Tribunal de Justiça. Os dois estão no Batalhão Especial Prisional, em Benfica (zona norte), e respondem também a um Conselho de Justificação, grupo composto para julgar militares que tem plenos poderes de punição nessa esfera.
Os casos também são investigados no âmbito militar. Os seis PMs podem responder, perante a Justiça Militar, por prevaricação, falsidade ideológica, destruição de provas e formação de quadrilha.