O Disque-Denúncia (2253-1177) recebeu até às 11h desta sexta-feira, três denúncias sobre o assassinato da empresária Maria Cristina Bittencourt Mascarenhas no início da tarde de quinta-feira, na Gávea, Zona Sul. O órgão informou que analistas vêm realizando cruzamentos de dados sobre crimes semelhantes ocorridos naquela localidade. O objetivo é identificar um padrão ou pessoas envolvidas nessa modalidade de crime. Todas as denúncias e informações estão sendo encaminhadas à Divisão de Homícidios (DH), responsável pela investigação do caso.
O velório da empresária está sendo realizado no Memorial do Carmo, no Caju, na Região Portuária. Mais tarde, o corpo será cremado. Dona do restaurante Guimas, na Gávea, Tintim, como era conhecida, foi morta durante um assalto na Praça Santos Dumont, após sacar R$ 13 mil para o pagamento dos funcionários.
Os bandidos estavam em uma moto, com o piloto utilizando um capacete (vermelho) e o outro não. Outro carro estacionado na Praça Santos Dumont fazia a cobertura dos criminosos. Imagens de câmeras de prédios e restaurantes flagraram com nitidez a ação do bandidos e foram entregues à polícia. Segundo testemunhas, Maria Cristina conversava com uma vendedora, quando um homem saltou da moto. Ele deu uma gravata na empresária, que resistiu em entregar a bolsa. O bandido a agrediu e, em seguida, fez o disparo.
“Ele a agarrou, deu o tiro e foi embora com a bolsa. Tudo aconteceu em segundos”, contou, em estado de choque, uma testemunha. A ambulância de um quartel do Corpo de Bombeiro, que fica perto, chegou logo, mas ela já estava morta. No local, agentes recolheram um carregador de pistola. Os bandidos fugiram em direção ao bairro do Jardim Botânico. “Foi um crime covarde. Acreditamos que ela já estava sendo seguida desde o banco”, afirmou o delegado Rivaldo Barbosa, da Divisão de Homicídios.
A polícia apura se os criminosos, que podem ser da Favela da Rocinha, em São Conrado, conheciam a rotina da vítima e receberam informações privilegiadas. Funcionários do Guimas, que fica a 150 metros do local do crime, e do banco serão convocados a prestar depoimento como colaboradores. Na hora do crime, agentes da 15ª DP (Gávea) almoçavam perto de onde Maria Cristina foi emboscada. “Chegamos o mais rápido possível”, disse o delegado Antônio Ricardo Nunes.