Policiais militares conseguiram render o homem armado com duas facas que fazia uma mulher refém em frente ao Palácio do Buriti, sede do governo do Distrito Federal, no início da tarde desta terça-feira. A refém foi levada para o hospital, mas estava sem ferimentos. Segundo a polícia, a vítima é funcionária do Tribunal de Justiça.
O homem foi atingido por balas de borracha quando o negociador tentava fazer com que ele se rendesse. Os negociadores da polícia disseram que ele estava “com as ideias atrapalhadas” e que não ficou claro qual era o objetivo do sequestrador. Ele foi levado para a delegacia.
Pouco antes de fazer a mulher refém, o homem tentou invadir o Palácio do Buriti, sede do governo do Distrito Federal, com um carro. Ele desceu do veículo armado com duas facas e tentou quebrar uma janela de vidro do edifício.
O tenente-coronel Souza Oliveira, responsável pela segurança do Palácio do Buriti, disse que o homem “não falava coisa com coisa”. “Ele tentou entrar no palácio, chegou em um carro em alta velocidade, tentou quebrar o vidro para entrar. Quando chegou no limite de risco de vida para a vítima, aí houve a operação [da polícia], com todo sucesso, sem dano”, afirmou.
Durante o tempo em que foi mantida refém, a vítima conversava com o sequestrador, que mantinha uma faca nompescoço dela. Apesar de ter a faca no pescoço, a mulher aparentava calma.
De bermuda e camiseta, o homem dizia coisas sem sentido o tempo todo. “Mataram a minha família todinha. Gente inocente. Vocês mataram minha família. Não fui eu que fiz”, ele dizia.
Quando a polícia fez um cordão de isolamento, ele passou a falar com os jornalistas que acompanhavam o caso. “Eles estão tirando vocês de perto de mim para fazer covardia comigo”, disse. “Vou contar até dez para a Dilma chegar aqui. Quero a Dilma”, afirmou.