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Polícia tenta conter nova onda de crimes virtuais

A Polícia Civil lançou nesta quarta-feira (2) uma cartilha para evitar que a população seja vítima de estelionatos virtuais e via telefone. A medida tem caráter preventivo e está disponível nas redes sociais da instituição.

“Percebemos o aumento desses crimes e listamos as principais formas de atuação dos estelionatários. Explicamos de forma bastante didática como ocorrem e o que fazer para evitá-los.”, explicou o delegado Wisllei Salomão, da área de repressão aos Crimes Contra o Consumidor, a Propriedade Imaterial e a Fraudes.

Segundo Salomão, por conta da pandemia, os crimes virtuais têm ocorrido com mais frequência. “São crimes que não precisam do contato pessoal para serem cometidos”, afirma.

Os crimes especificados na cartilha envolvem o aplicativo de mensagens WhatsApp, em que os criminosos vinculam a fotografia da vítima a um número telefônico e solicitam dinheiro e/ou outras vantagens para os conhecidos da vítima.

Outro golpe é o voucher/cupom de descontos em restaurante. Neste formato, o criminoso entra em contato com a pessoa via direct, no Instagram, se passando por representante de um restaurante de sua preferência. Após breve conversa, um link é enviado com um suposto voucher/cupom de desconto à vítima. Após acessar o link, é possível coletar os dados no celular da vítima.

Outro golpe especificado na cartilha é o de investimentos. Neste, os criminosos usam pessoas jurídicas com aparente credibilidade para oferecer investimentos pessoais com ganhos e taxas de juros acima dos comumente praticados no mercado.

Falso motoboy
Por fim, o golpe do falso motoboy, em que a vítima recebe ligação telefônica supostamente da área de segurança do banco e é questionada sobre uma compra realizada com seu cartão de crédito. A ligação diz que, para comodidade do cliente, um funcionário da agência, identificado com crachá, irá comparecer à residência da vítima para buscar o cartão de crédito cancelado e uma declaração de não reconhecimento de compra. Na posse do cartão, o criminoso realiza saques.

Levantamento da Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal (SSP/DF) mostra que nos sete primeiros meses deste ano, houve 11.503 ocorrências de estelionato em todo o DF. No mesmo período de 2019, ocorreram 7.031 registros da mesma natureza criminal.

Para o delegado os números aumentaram, mas a consciência da população também. “O cidadão está muito mais consciente de seus direitos, está denunciando mais e buscando as delegacias na tentativa de reaver o prejuízo. Além disso, a facilidade de registrar esses crimes por meio da Delegacia Eletrônica facilita, principalmente neste período de pandemia”, afirma.

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