Após dois meses, o inquérito que investiga a morte da auxiliar de serviços gerais Cláudia Ferreira da Silva, arrastada por um carro da PM após ser baleada em um morro do Subúrbio do Rio, em março deste ano, foi finalizado pela Polícia Civil. O delegado que investiga o caso entregou a documentação ao Tribunal de Justiça na sexta-feira (9). Seis policiais militares foram indiciados por fraude processual e dois deles vão responder também por homicídio culposo.
O tenente Rodrigo Boaventura, o sargento Zaqueu Pereira Bueno, o cabo Gustavo Meirelles, os subtenentes Adir Serrano Machado e Rodnei Miguel Arcanjo e o sargento Alex Sandro da Silva Alves, indiciados pela Polícia Civil, disseram que chegaram ao Morro da Congonha, em Madureira, aproximadamente meia hora após o chamado para socorrer Cláudia. Rodrigo Boaventura e Zaqueu Pereira Bueno admitiram ter trocado tiros com traficantes no local no dia 16 de março, quando a auxiliar foi baleada.
Após a reconstituição, o delegado que investiga o caso indiciou os dois por homicídio culposo, quando não há intenção de matar. Os agentes devem responder pelo crime do Tribunal do Júri e, caso sejam condenados, podem pegar até 2 anos de prisão. O advogado Nélio de Andrade, que defende Rodrigo Boaventura e Zaqueu Pereira Bueno, disse por telefone que o tiro que atingiu Cláudia não partiu das armas desses dois policiais.