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Policiamento ciclístico no Guará registra 48 crimes em três meses

Desde o início do policiamento ciclístico no Guará — no fim de janeiro deste ano — até o mês passado, 11 militares que fazem patrulhamento com bicicleta na região administrativa registraram 48 crimes. Na avaliação da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF), esses delitos puderam ser identificados graças à atuação mais ostensiva desses policiais.

Com 24 prisões, o uso ou porte de drogas foi a ocorrência com maior número de registros. Em seguida, aparecem seis casos de ameaça à vida e integridade física e quatro lesões corporais, além de outros quatro relatos de agressões a mulheres enquadrados na Lei Maria da Penha. Completam a lista mais quatro furtos a interior de veículos, três roubos a automóveis, dois assaltos a residências e um caso de tráfico de drogas.

“Quanto mais abordagens forem feitas, mais casos serão constatados. Não quer dizer necessariamente que a região está mais perigosa, mas, sim, que houve esse incremento no modo de atuar”, explica o comandante do 4º Batalhão de Polícia Militar, tenente-coronel André Luiz Pinheiro Borges. Segundo ele, a iniciativa é pioneira no DF e já existem estudos para levá-la a outras regiões.

Diariamente, os policiais percorrem cerca de 30 quilômetros em busca de atitudes suspeitas, com prioridade para áreas de grande circulação de pessoas e veículos. De acordo com a PM, o trabalho da patrulha com bicicleta permite o acesso a espaços onde os carros não chegam com facilidade, como o Parque Ezechias Heringer, entrequadras e vias sem pavimentação.

O policiamento ciclístico é feito do Setor de Indústria e Abastecimento (SIA) até a saída do Guará II, na via que leva à Estrada Parque Guará (EPGU). Nesse percurso, alguns trechos recebem atenção especial: a QI 7, devido à concentração de agências bancárias; a QE 40, em virtude do alto registro de crimes; e as escolas públicas e particulares, para preservar a entrada e a saída dos estudantes.

Sensação de mais segurança
Para as empresárias Rosilene Pereira, de 33 anos, e Kelly Teixeira, de 32, a sensação de segurança aumentou. “Numa escala de zero a 10, na qual zero é mais perigoso e 10 é extremamente seguro, a cidade está entre 7 e 8”, avalia Rosilene. Kelly, que sempre morou na região, costuma se exercitar na pista de cooper e percorrer o local para atividades cotidianas. “Existem muitos becos por aqui. Ver policiais transitando por esses lugares inibe a presença de pessoas mal-intencionadas”, complementa.

Morador da região administrativa há dois anos, o professor Giovane Marcel, de 37 anos, deixou a Asa Sul em busca de um lugar que proporcionasse distanciamento da violência e da criminalidade. “Sempre é possível melhorar no aspecto segurança, mas a iniciativa de utilizar a bicicleta como equipamento voltado à atividade policial dá maior aproximação da PM com a comunidade”, opina.

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