O Banco do Brasil encerra nesta quinta-feira, 9, a temporada de divulgação de resultados dos grandes bancos do terceiro trimestre ao entregar lucro líquido ajustado de R$ 2,708 bilhões no período, elevação de 15,9% em um ano, quando estava em R$ 2,337 bilhões. Em relação ao segundo trimestre, de R$ 2,649 bilhões, a alta foi de 2,2%.
O resultado do terceiro trimestre do BB foi motivado, conforme destaca a instituição em relatório que acompanha suas demonstrações financeiras, por maiores receitas de serviços e ainda menores despesas com provisões para devedores duvidosos e também menos gastos operacionais.
Nos primeiros nove meses do ano, o banco atingiu lucro líquido ajustado de R$ 7,872 bilhões, desempenho 45,1% superior a igual período do ano passado, quando o banco havia registrado lucro líquido ajustado de R$ 5,424 bilhões. O crescimento neste ciclo foi motivado pelo aumento das rendas de tarifas, redução das despesas de provisão e das despesas administrativas.
A carteira de crédito ampliada do banco, que considera títulos privados e garantias, encerrou setembro com saldo de R$ 677,037 bilhões, montante 2,7% menor que ao término de junho, de R$ 696,121 bilhões. Em um ano, quando os empréstimos estavam em R$ 735,445 bilhões, a queda chegou a 7,9%. Já no critério “classificada”, a carteira do BB foi a R$ 629,372, recuo de 2,1% e 6,4%, nesta ordem.
O encolhimento dos empréstimos foi motivado, principalmente, pelas pessoas jurídicas. O segmento registrou saldo de R$ 228,040 bilhões ao final de setembro, redução de 2,6% ante junho e de 13,5% em um ano. Já o crédito voltado à pessoa física teve alta de 0,9% no terceiro trimestre em relação ao segundo e ficou estável em um ano, totalizando R$ 187,186 bilhões.
O total de ativos do Banco do Brasil foi a R$ 1,4 trilhão no terceiro trimestre, queda de 3,3% em um ano, quando estava em R$ 1,448 trilhão. Já no comparativo com o segundo trimestre, de R$ 1,446 trilhão, a redução foi de 3,2%.
O BB fechou setembro com patrimônio líquido de R$ 93,564 bilhões, crescimento de 9,1% em um ano e de 3,1% na comparação com junho. O retorno sobre patrimônio líquido (RSPL) do banco foi a 10,8% em setembro, aumento de 0,1 ponto porcentual ante junho, quando estava em 10,7%. Em um ano, o indicador teve melhora de 0,9 p.p. Já no acumulado do ano, a rentabilidade da instituição chegou a 12,3%.
O lucro líquido do BB, considerando eventos extraordinários, somou R$ 2,841 bilhões no terceiro trimestre, alta de 26,5% ante um ano, de R$ 2,246 bilhões. Na comparação com o segundo trimestre, quando a cifra alcançou R$ 2,619 bilhões, foi identificada alta de 8,5%.
A diferença entre o lucro ajustado e o resultado com eventos não recorrentes no terceiro trimestre, conforme o banco, se deu por conta de um impacto positivo de R$ 133 milhões, resultante da diferença de ganhos de R$ 173 milhões com a abertura de capital do IRB Brasil Re, R$ 183 milhões por conta da Neoenergia, compensados, em parte, por R$ 280 milhões em provisões para os planos econômicos, dentre outros motivos.
O BB comenta seus resultados do segundo trimestre nesta quinta em coletiva de imprensa às 10h, na sua nova sede, em São Paulo.