O cansaço bate, a alma desfalece,
Sem saber o que fazer, sem nenhum estepe,
Julgamento dói, como uma ferida,
Sem alguém para desabafar, sem saída;
Calado chora, com medo do que irão falar,
Não conseguem entender, e sem sentir, querem julgar,
Pensa em desistir, sem hesitar,
E onde está a família, que só sabe criticar?
Amigos ausentes, julgadores sem cor,
Escondidos na hipocrisia, pervertendo o amor,
Caixão fecha, lágrimas são derramadas,
“Por que fez isso?” é lamento ou consciência pesada?
“Tinha tudo, parecia tão bem”,
Mas ninguém ouviu, ninguém viu.
No Setembro Amarelo, fingiu,
Mas ao sofrimento se omitiu;
Ninguém apareceu quando precisou,
Quando podia ouvir, julgou,
Agora é tarde, para deixar a hipocrisia,
E a consciência é a única companhia;
É preciso mudar, é hora de reflexão,
Estar ao lado sem julgamentos, estender a mão,
A dor alheia não é uma ilusão,
É real, é forte, é a dura aflição.