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Por ‘exceção’, Correios despacham propaganda eleitoral de Dilma

Os Correios abriram uma exceção para o PT e distribuíram em São Paulo 4,8 milhões de panfletos da presidente Dilma Rousseff sem chancela ou comprovante de que houve postagem oficial, segundo reportagem publicada nesta sexta-feira pelo jornal “O Estado de S. Paulo”.

Prevista em norma da estatal, a estampa serve para demonstrar que houve pagamento para o envio da propaganda eleitoral e atestar se a quantidade de material distribuído corresponde ao que foi contratado pelo partido.

Segundo o jornal, a exceção para petista foi formalizada em comunicado interno dos Correios em São Paulo, com autorização em “caráter excepcional”, sob o argumento de que teria ocorrido um “erro de produção gráfica”. O órgão em chefiado em São Paulo por Wilson Abadio de Oliveira, afilha do político do vice-presidente da República, Michel Temer (PMDB), de acordo com “O Estado de S. Paulo”.

Regulamento interno dos Correios determina que cada peça de campanha enviada pelos Correios deve ter a chancela, com a descrição do nome, do CNPJ do candidato, ano das eleições e origem da postagem. Os panfletos foram enviados com mensagens regionalizadas para diversas regiões de São Paulo.

Os Correios alegaram que a dispensa da estampa, em casos especiais, está prevista em seu “Manual de Comercialização e Atendimento”. A mesma autorização teria sido dada a outros clientes, inclusive partidos políticos, após análise de caso a caso, argumentou a estatal ao jornal paulista. No entanto, outros clientes não foram citados. A empresa informou que novos esclarecimentos serão prestados até o fim da manhã desta sexta-feira.

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