Por trás das câmeras e das Remington, tem muita história escondida

Em 2025, o grupo Globo comemora 100 anos (a TV Globo comemora 60). Um século de novelas, telejornais, coberturas históricas e, claro, versões dos fatos que nem sempre batem com a realidade. Cem anos é muita coisa. É tempo suficiente pra construir impérios, formar opinião, errar feio, acertar bonito, e, de vez em quando, fingir que certas coisas nunca aconteceram.

Porque toda história tem seus acertos e seus erros. E, no caso da Globo, um dos erros mais gritantes foi o apoio declarado e conveniente à ditadura militar, que era chamada pelo jornal O Globo de “Revolução”.

Na época, o jornal apoiou editorialmente os militares, e havia silêncio sepulcral sobre torturas e desaparecimentos. Mas quem viveu, quem sofreu, quem perdeu alguém, não se esquece.

Agora, com a chegada da efeméride, fica a pergunta: será que na retrospectiva dos 100 anos vai aparecer um momento de mea-culpa mais claro? Ou vão preferir lembrar do sucesso de Roque Santeiro e fingir que os anos de chumbo foram apenas um intervalo comercial?

E por falar nisso… quando é que a Folha vai pedir perdão às vítimas da ditadura?