Idiana Tomazelli
Desde 1984 sem ganhar um título de campeã, a Portela desfilou este ano “para romper qualquer jejum”, disse o carnavalesco da escola, Paulo Barros. Estreante na Portela, Barros afirmou que a agremiação procurou se livrar do “ranço” da tradição e fez a sua passagem para a modernidade, credenciando-se ao título.
“Eu acho que a Portela fez um desfile para romper qualquer jejum. O principal é que a Portela entendeu que precisava se modernizar, entendeu que tinha que fazer um desfile para competir, para ser campeã”, disse o carnavalesco.
“Na verdade, esse ranço que colocaram em cima da Portela, da tradição, é muito pesado. Isso vem de fora, isso não é real, isso não é concreto. A Portela não é nada disso. É lógico que ela nunca vai deixar de ser tradicional, mas a Portela está cansada desse peso, ela não quer mais carregar esse peso nas costas. Ela quer ser campeã do carnaval, e ela entendeu que para isso tem que disputar com as armas da modernidade”, acrescentou
Barros contou ainda que a Portela foi sua primeira escola do coração. “É inusitado eu ser carnavalesco da Portela. Isso é a história da minha vida”, disse. Sua continuidade na escola, no entanto, ainda será discutida com a direção.