Nair Assad, Edição
Será que desta vez vai? Pode até ser, mas o melhor é esperar para colher, se possível, resultados positivos. É assim que a sociedade está avaliando a decisão do governo, que promete, para até o ano que vem, deixar todas as Unidades Básicas de Saúde funcionando com equipes da Estratégia Saúde Família.
Nesse sentido, segundo o Palácio do Buriti, os postos atuais não serão fechados, como tem sido especulado, mas, ao contrário, serão todos mantidos e terão seu papel reforçado como o principal pilar do novo modelo.
O fortalecimento da atenção primária, na visão do governo de Brasília, é ponto fundamental para diminuir a procura pelas emergências dos hospitais da rede pública. Por isso, os postos de saúde são a chave para que a equação dê resultado.
Desse modo, todo o atendimento previsto na atenção primária estará garantido no novo formato. Como reforço, até 2018, o governo vai inaugurar mais 15 unidades básicas, além de reformar 16 e ampliar outras três.
Hoje, são 63 unidades que atendem no modelo tradicional, e que passarão a funcionar exclusivamente com a nova estratégia. Os profissionais que trabalham nos postos têm até quarta-feira (15) para comunicar se querem ou não integrar as equipes de Saúde da Família.
O prazo foi estabelecido pela Portaria nº 78, de 2017, que regulamenta a conversão progressiva de um modelo para o outro.
“O que estamos fazendo é uma expansão do acesso do usuário à unidade”, resume o coordenador da Atenção Primária em Saúde da secretaria, Marcos Quito. “Hoje, se você vai tentar uma consulta, tem que ficar na fila, chegar de madrugada. É essa atual realidade que estamos mudando.”
Com a novidade, postos com maior número de equipes terão horário estendido, e funcionarão doze horas por dia durante a semana e, aos sábados, cinco horas. Os profissionais não terão aumento na carga horária, mas poderão se distribuir dentro da jornada ampliada.