Da época da bonança social eles só conheceram o período de desmantelamento. Nasceram num Distrito Federal já em transição do “mundo perfeito” para um regime semelhante ao de países combalidos pela decadência econômica. Cresceram dentro das fronteiras de uma classe trabalhadora adepta da tecnologia e sem oportunidades.
Aline Pereira, de 22 anos, estudou até a oitava série e é mãe de uma menina de 4 anos. Maria Antônia, de 24, cursou até o segundo ano do ensino médio e está desempregada. Tem um filho de 5 anos. Um pouco mais velho, Rafael Almeida, de 30, estuda fotografia e sonha conseguir um emprego na área. Tem dois filhos de 2 e 7 anos.
A identidade individual dos três brasilienses é tão obscura quanto a de outros milhares de jovens que ajudam a engrossar a fila dos que não consegue encontrar as tão sonhadas oportunidades. Permanecem anônimos por trás de seus sonhos até um dia virarem estatísticas de jovens que permanecem no desemprego.
“Esse é o retrato dos jovens brasilienses hoje: sem oportunidades, sem voz, sem esperança, com medo, sem nem saber como podem dar um passo adiante para mudar suas situações”, desabafou o candidato a deputado distrital Pedro Leite, em durante visita à Redação de Notibras.
E ele emenda: “É triste andar por Brasília e notar que as pessoas estão simplesmente desistindo; desistindo de evoluir, desistindo de se alfabetizar, desistindo deles próprios. O meu trabalho é o de resgatar essas pessoas, de injetar ânimo nelas, de trabalhar para trazer oportunidades reais de mudanças.”
As propostas de Pedro Leite soam como um grito estridente que representa a voz dos brasilienses que sofrem. “São brasilienses que sofrem com o descaso do poder público, com a segurança ineficiente, com a educação descompromissada. Tem como mudar esse quadro. Basta querer. E eu quero mudar esse quadro e deixá-lo favorável aos cidadãos de Brasília”, diz o candidato.
Andar pelas ruas do Distrito Federal tem sido uma atividade psicológica, alguns consideram. O desanimo da população parece estar embicando para uma direção perigosa. Na prescrição de males que assolam o brasiliense está o medo do desemprego, as altas cargas tributárias, a saúde em estado critico, a educação sempre na UTI.
“É perfeitamente normal hoje andar por aí e encontrar brasilienses tristes com a situação geral da cidade. Brasília precisa de representantes na câmara à altura da de seus anseios. Eu busco ser esse representante. Eu sou esse representante. Eu sei o que os brasilienses buscam, pois mantenho diálogo com eles há anos e anos. Chegou a hora de colocar ainda mais a mão na massa e ajudar esta cidade que é o meu lar”, arremata o candidato a deputado distrital Pedro Leite.