A atenção dos brasileiros estará voltada no domingo, 16, para as manifestações de rua organizadas pelas redes sociais, previstas para acontecer nas principais cidades do país, como forma de pressionar a presidente Dilma Rousseff a deixar o governo. Dependendo do tamanho desse protesto e da intensidade da sua repercussão, a crise política, econômica e ética em que está mergulhado o Brasil poderá tomar novos rumos.
Para a maioria dos envolvidos nas atividades políticas, a presidente Dilma perde a cada dia as condições de governabilidade necessárias para tirar o país do atoleiro em que se encontra.
Duas soluções são apontadas para destravar essa situação. Uma seria a decretação do impeachment da presidente e entregar o governo ao vice-presidente Michel Temer. Ele formaria um governo suprapartidário, com a participação de nomes expressivos dos mais variados segmentos do país. Seria um governo de união nacional para recolocar o Brasil nos trilhos do crescimento.
A segunda solução ventilada entre os políticos seria a convocação de novas eleições presidenciais. Essa solução poderia ser levada avante se a chapa Dilma-Temer, que disputou as eleições em 2014, fosse cassada pelo Tribunal Superior Eleitoral. Recurso do PSDB nesse sentido está para ser julgado pelo TSE. Os tucanos alegam que a dupla só conseguiu ser reeleita com o uso de recursos desviados das roubalheiras na Petrobras.
A outra ameaça ao mandato de Dilma é o próximo julgamento do Tribunal de Contas da União das chamadas “pedaladas fiscais”, realizadas pelo governo ao longo de 2014. Neste caso, só Dilma seria punida com a perda do mandato. Michel Temer, como vice-presidente, concluiria o mandato em 31 de dezembro de 2018.