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Povo vai ‘quebrar o pau’ contra folia política

Há dois anos estamos sem a festa dos prazeres da carne – o Carnaval. Mas, desde 2018, o rei Momo desfila, zombando de todos nós, principalmente brasileiros. Os reis do carnaval da política promovem divisões.

O Carnaval é uma festa que a princípio até parece boa, divertida, mas o fim é sempre de tristeza. É no Carnaval que Satanás vem disfarçado de messias, mesmo sendo o que sempre foi: o pai da mentira.

Na festa da carne tudo acontece, é quando ele (o Capiroto, também conhecido como Satanás) mostra a sua verdadeira cara, que é matar, roubar, destruir, mentir e enganar.

Há muito tempo vivemos o Carnaval na Política – desde o lulopetismo e agora com o bolsonarismo. Ambos cultivam a cólera de cada um, sem se preocupar com a coerência do coletivo; fazem uma simples oposição entre “o povo” e “as elites”. Cada um deles tem seu “modus operandi” específico; embora possuam um único objetivo: fazer explodir a cisão esquerda/direita para captar os votos de todos os revoltados e furiosos, e não apenas dos fascistas.

Uma sucessão de fatos aleatórios levou eleitores a decidir entre dois polos que são cada um pior que o outro.

O pleito de 2022 se aproxima. E e agora querem nos fazer crer que estamos presos entre esses dois polos – o do rei Momo ou o do Satanás, não necessariamente nessa ordem, mas, ambos donos do salão de festas de seus asseclas.

Os reis desse carnaval político que estamos vivendo possuem de 20 a 30% do eleitorado, se a eleição fosse hoje, de acordo com pesquisas que rechaçam a indução do caminho para essa polarização.

É importante lembrar que, quando se entrega a chave da cidade à figura do rei Momo, se estará entregando ao inimigo.

– Inimigo de quem, cara-pálida, escrevinhador?

– Da Sociedade, nobre gafanhoto!

Num país desigual como o nosso, a realidade sempre se confunde com a fantasia. Cria-se um terreno fértil para se espalhar o medo e incitar o ódio entre a população. E isso, os reis do carnaval político fazem constantemente em nosso país.

Recentemente, os irmãos Miranda – como ficaram conhecidos Luís Ricardo e Luís Cláudio (um servidor público, outro deputado Federal – dinamitaram a realidade existente do atual rei Momo do carnaval político e detalharam, em depoimento na CPI da Pandemia, a suposta existência de corrupção e suspeita de irregularidades envolvendo contratos para a compra da vacina Covaxin. O caso, está provado, foi levado ao presidente da República, que prometeu investigar o mal feito suspeito desde março. Esse encontro, contudo, rendeu apenas fotos nas redes sociais e seu efeito midiático.

Até que veio a bomba (ou quando se colocou a boca no trombone) na CPI da Pandemia. Ali os irmãos Miranda implodiram a realidade existente do carnaval político que o país vive desde tempos idos aos governos Lula-Dilma-Temer-Bolsonaro.

De aliado do bufão transgressor à traidor, o polichinelo do rei Momo jogou gasolina no fogo libertador do carnaval populista instaurado na república, e a máscara caiu. Se foi uma denunciação caluniosa ou mau-caratismo dos novos polichinelos, a CPI vai dizer ao Brasil sem usar preservativos, precisamente.

Até que isso aconteça, a turba não cansa de gritar que quer botar seu bloco na rua. Porque o povo sabe não dorme de touca, não foge da briga e não morre de medo quando o pau quebrar.

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