A Caixa Econômica Federal detém, por lei, o monopólio de jogos lotéricos em todo o País. A legislação prevê que cada unidade da Federação pode ter sua própria loteria, mas restrita ao seu território.
Para acabar com essa hegemonia, PP, MDB e até uma pequena corrente do PT, estão armando uma trama diabólica para abocanhar uma fatia grande desse mercado.
Cérebro pensante do Centrão, o PP tem raízes fincadas em muitas instituições financeiras; o MDB, por sua vez, comanda, na pior das hipóteses, ao menos um banco regional; e no PT tem gente insatisfeita, justamente numa corrente cheia de cobiça menos aquinhoada com cargos ofertados pelo Palácio do Planalto.
Unidos, os gatos dessas três legendas levantaram a tampa e se jogaram no mesmo balaio para armar o golpe em sociedade com amigos ultramarinos. São gajos com sotaque lisboeta que, quando entram em ação, não têm misericórdia.
O projeto de ataque às loterias da Caixa custou 2 milhões 500 mil reais. O plano consiste em trazer um grupo financeiro internacional, que, mascarado de banco, abriria agências em várias cidades brasileiras. Assim, teoricamente, poderia vender sua nova loteria.
Ao menos 1 mil 680 cidades já foram mapeadas. A Polícia Federal, responsável por apurar supostos crimes financeiros, está de olho nos passos de quem deseja mandar em distritos além das suas divisas.
O Banco Central já foi avisado do perigo que ronda a Caixa. Na CEF, ninguém acredita na participação de Rita Serrano no golpe. Na pior das hipóteses, ela estaria sendo manipulada. E ludibriada.