A deputada distrital Telma Rufino já está sendo chamada a boca pequena nos corredores da Câmara Legislativa, de ‘A breve’. O apelido veio a propósito da decisão do seu partido, o PPL, em suspender sua filiação por um prazo de 60 dias. O próximo passo deve ser a expulsão. Ela está sendo investigada pela polícia e Ministério Público, por suposto envolvimento com uma gangue que desviou 100 milhões de reais do Banco do Brasil.
A suspensão foi determinada pela Executiva Nacional do partido, na sexta-feira 8, mas somente agora tornada pública. A punição do PPL, se for estendida à expulsão da legenda, terá reflexos imediatos na Câmara Legislativa, onde ninguém descarta a imediata abertura de processo no Conselho de Ética.
Embora seja suspeita de vínculos inclusive com grilagem de terras no Distrito Federal, Telma Rufino, que está em seu primeiro mandato, foi eleita presidente da Comissão de Assuntos Fundiários do legislativo brasiliense. Nos meios políticos as informações são de que a campanha dela foi patrocinada pelo empresário José Tatico, que chegou a ser preso por sonegação fiscal.
Ao decidir pelo afastamento provisório da deputada, o PPL entendeu que “constam nos autos (do processo da polícia) fortes evidências de desvio de conduta e favorecimento indevido, demonstradas sobretudo pelas inúmeras gravações telefônicas autorizadas pela Justiça”. O documento é assinado pelo presidente nacional da legenda, Sérgio Rubens de Araújo Torres, e pelo secretário Nacional de Organização, Miguel Manso. Ainda segundo o PPL, o envolvimento da parlamentar em esquemas criminosos prejudica a imagem do partido.
Felipe Meirelles