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Preço da comida dá um refresco, revela FGV, e pode segurar as taxas da inflação

Karla Spotorno

O grupo Alimentação, cuja taxa de inflação recuou de 2,45% na primeira quadrissemana de fevereiro para 1,94% na segunda, foi o que mais contribuiu para a desaceleração do Índice de Preços ao Consumidor – Semanal (IPC-S), divulgado nesta terça-feira, 16, pela Fundação Getulio Vargas (FGV). Nessa classe de despesas, a FGV mencionou o comportamento do item hortaliças e legumes, cuja taxa passou de 18,59% para 12,23%. O indicador geral caiu 0,38 ponto porcentual, de 1,80% para 1,42% entre os dois períodos. Na primeira quadrissemana do mês, o grupo dos alimentos foi o que mais ajudou a elevar a taxa inflacionária.

Nas outras seis classes de despesas que apresentaram decréscimo em suas taxas, a Fundação destacou a desaceleração de: cursos formais (7,76% para 4,29%), no grupo Educação, Leitura e Recreação (4,23% para 2,57%); tarifa de ônibus urbano (6,60% para 4,84%), em Transportes (2,25% para 1,91%); tarifa de eletricidade residencial (1,71% para 0,27%), em Habitação (1,11% para 0,97%); roupas (0,30% para -0,04%), em Vestuário (0,40% para 0,08%); pacotes de telefonia e internet (1,59% para 0,94%), em Comunicação (0,69% para 0,57%), e tarifa postal (1,83% para 0,00%), em Despesas Diversas (1,60% para 1,51%).

De forma isolada, os itens com as maiores influências negativas foram vestido e saia (-0,70% para -1,24%), leite em pó (-1,07% para -1,92%), automóvel usado (-0,77% para -0,33%), perfume (-1,05% para -0,29%) e carne moída (0,24% para -0,70%).

Já os cinco itens com as maiores influências de alta foram tarifa de ônibus urbano (apesar da desaceleração de 6,60% para 4,84%), empregada doméstica mensalista (2,55% para 2,89%), tomate (mesmo com a queda na taxa de 25,03% para 11,56%), refeições em bares e restaurantes (apesar de a variação ter caído de 0,76% para 0,72%) e curso de ensino superior (a despeito da inflação ter recuado de 6,39% para 3,25%).

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