Preço salgado da F1 atravessa Atlântico e estaciona em Interlagos
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emCom as provas distribuídas entre o final da primavera e o verão, a Fórmula 1 na Europa toma ares de festival, com trailers e acampamentos. Porém, mesmo com um clima bastante diferente da etapa brasileira, realizada no meio de uma das maiores cidades do mundo, são eventos com algo em comum: não é para qualquer bolso, informa o Uol.
Muitas das corridas – que já chegaram a formar praticamente o campeonato inteiro e hoje correspondem a menos de 40% da temporada – acontecem em locais afastados de grandes cidades, o que é um convite para quem gosta de viajar com seus motorhomes, costume comum na Europa. Há opções, contudo, de provas em lugares mais acessíveis, como os GPs da Espanha, Hungria e Itália.
Provas como a do último final de semana, realizada nos arredores de Barcelona, costumam atrair um público variado. Britânicos, alemães e finlandeses, são figurinhas fáceis, aproveitando a Fórmula 1 e a possibilidade de conhecer um dos principais destinos turísticos europeus.
No GP da Espanha de 2015, os preços pesquisados podem ser comparados aos praticados no GP brasileiro. A entrada mais barata para os três dias é de 130 euros (R$ 443). Porém, apenas com acesso ao circuito, sem lugar nas arquibancadas. Nelas, os preços variavam entre 200 e 500 euros (R$ 682 a 1700).
Em termos de hospedagem, é possível ficar em Barcelona e ir para a pista com o trem local – a um custo de 5 euros (R$ 17) para ida e volta – ou se hospedar perto da pista, que fica em Montmeló, a 30km da capital da Catalunha. As diárias de um quarto para duas pessoas custam, em média, de 70 euros (R$ 238).
Na pista, o estacionamento custa 20 euros (R$ 68). Não por acaso, o trem é o meio de transporte mais utilizado pelos torcedores e a estação fica a cerca de 20 minutos a meia hora do circuito, dependendo do local da arquibancada.
Para comer, o mais tradicional nas corridas é o cachorro-quente, que sai por 6 euros (R$ 20). Cerveja, só sem álcool, por 4 euros (R$ 13), e a água não sai por menos de 3 (R$ 10), valor cerca de seis vezes mais do que normalmente se cobra em pequenos mercados.
A maioria dos torcedores está devidamente uniformizada. Para entrar na onda e circular com a camiseta dos campeões mundiais da Mercedes, por exemplo, é preciso desembolsar 60 euros (R$ 204), mas a maioria das camisetas curta 50 (R$ 170). A não ser a da McLaren com o nome de Alonso, que chega a 75 (R$ 255), quando a de Button não passa de 45 (R$ 153). Quer torcer pela Williams? O boné sai por 25 (R$ 85), mais em conta do que a maioria das equipes (35 – R$ 119).
Mas há um lado bom de comprar nas lojinhas oficiais – pelo menos para quem é ligado nos games. Quem gasta pelo menos 30 euros (R$ 102) em produtos automaticamente pode jogar em simuladores oficiais. Neles, é feita uma espécie de corrida classificatória, de três voltas, para o prêmio maior: um simulador mais avançado, com uma tela que cobre todo o campo visual e direito a um cockpit que replica os movimentos do carro. E não são poucos os que deixam os treinos livres de lado para se tornar piloto, ainda que por alguns minutos.