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Premiê etíope leva Nobel da Paz

A Academia Sueca concedeu ao primeiro-ministro da Etiópia, Abiy Ahmed Ali, de 43 anos, o Prêmio Nobel da Paz pelos seus esforços para alcançar a paz na Eritreia. O anúncio foi feito nesta sexta-feira (11) em Oslo, na Noruega.

“O primeiro-ministro da Etiópia, Abiy Ahmed, foi este ano galardoado com o Prêmio Nobel da Paz pelos esforços para alcançar a paz e a cooperação internacional e, em particular, pela sua iniciativa decisiva para resolver o conflito fronteiriço com a vizinha Eritreia”, afirmou o Comitê, em nota.

A Etiópia e a Eritreia são inimigos de longa data, tendo travado uma guerra na fronteira entre 1998 e 2000 e restaurado as relações apenas em julho de 2018, após décadas de hostilidade.

O júri destacou o “importante trabalho [de Ahmed] para promover a reconciliação, a solidariedade e a justiça social”.

O prêmio também visa a reconhecer “todas as partes interessadas que trabalham pela paz e reconciliação na Etiópia e nas regiões leste e nordeste da África”, acrescenta o comunicado.

“Abiy Ahmed Ali iniciou importantes reformas que proporcionam a muitos cidadãos a esperança de uma vida melhor e de um futuro melhor”, diz ainda a nota.

Desde que assumiu o cargo de primeiro-ministro da Etiópia, em abril de 2018, após três anos de protestos nas ruas, Abiy anunciou uma série de reformas que tinham como objetivo mudar o país, onde vivem cerca de 100 milhões de pessoas.

As medidas, que fizeram aumentar as esperanças do povo etíope, passaram por uma liberalização parcial da economia controlada pelo Estado e por uma reforma nas forças de segurança.

O Comitê Norueguês do Nobel acredita que é agora que os esforços de Abiy Ahmed merecem reconhecimento e precisam de incentivo.

“Este reconhecimento é uma vitória para todo o povo etíope, e é também uma motivação para fortalecer a nossa determinação em tornar a Etiópia – o novo horizonte da esperança – uma nação próspera para todos”, disse o gabinete do primeiro-ministro do país.

No ano passado, o prémio foi atribuído ao médico congolês Denis Mukwege e à ativista de direitos humanos Nadia Murad, devido aos esforços dos dois para acabar com a violência sexual como arma nos conflitos e guerras em todo o mundo.

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