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Presidente da Cedae ameaça grevistas com demissão em massa

Conforme anunciado no último dia 23 pelo NOTIBRAS, os trabalhadores da Companhia Estadual e Água e Esgoto (Nova Cedae) que decidiram entrar em estado de greve. Esta quinta-feira farão paralisação de 24 horas. O presidente da estatal, Wagner Victer, seguindo o exemplo do governador Luiz Fernando Pezão, não quer receber o segmento nem atender as reivindicações. Para piorar, ameaça a categoria com a demissão de mais 600 trabalhadores entre este ano e o próximo.
Às 11 horas, os servidores da estatal farão concentração no Largo do Machado, rumo a uma manifestação em frente ao Palácio Gunabara, sede do governo estadual, em Laranjeiras, Zona Sul do Rio.

A categoria reivindica, entre outras coisas: reajuste salarial de 24% para repor perdas salariais dos últimos dez anos, com salários corrigidos em 1º de maio, pela aplicação do acumulado do percentual do INPC dos últimos 12 meses; reajustar as gratificações (Gerente, Departamento Coordenação e GAS) na proporção de 80% na diferença entre elas tendo como base a remuneração do pró-labore dos diretores; pagamento a título de “Ganhos Reais de Salários” o percentual de 10%; assegurado que os profissionais concursados a partir de 2002, a Cedae pagará, como anuênio, 2% para cada um dos cinco primeiros anos completos de serviço efetivamente prestado e 1% para cada subsequente, a ser aplicado sobre o salário nominal; pagamento da Participação nos Resultados (PR) o valor equivalente a 5% de sua arrecadação bruta apurada no ano anterior ao pagamento da PR e tíquete-refeição por dia trabalhado no valor facial unitário de R$ 38 na quantidade de 24 tíquetes mensais.

Segundo o presidente do Sindicato dos Trabalhadores das Empresas de Saneamento e Meio Ambiente do Rio (Sintsama-RJ), Humberto Lemos, o quadro de funcionários da Cedae está cada vez mais reduzido.

“É inadmissível o que está acontecendo. Éramos 13 mil trabalhadores e agora somos 6 mil. A terceirizização e o achatamento estão grandes. O legado está se perdendo e, consequentemente, os serviços prestados pioram. Vamos parar por um dia respeitando a lei, pois sabemos que nosso trabalho é essencial para a população. Esperamos sensibilizar o presidente da empresa e o governador para as nossas pautas. Não estamos parando agora por conta da Copa do Mundo, este é o mês de acordo coletivo da categoria”, afirmou Lemos.

Segundo o sindicato, a Nova Cedade apresentou contra-proposta de 5,81% de reajuste e demissão de mais de 600 trabalhadores, entre este ano e o próximo. “A proposta dele, em assembleia com mais de mil trabalhadores, foi recusada por unanimidade. Não vamos recuar pelas nossas reivindicações”, acrescentou o presidente do Sinstama.

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