A Polícia Civil do Distrito Federal prendeu três homens neste domingo (12) suspeitos de integrar uma quadrilha que comprava passagens aéreas com cartões clonados e, nos aeroportos, furtava bagagens de outros passageiros. Com o trio foram apreendidos 37 celulares. Segundo o delegado Miguel Lucena, eles chegavam a trocar malas por mochilas cheias de papel.
A investigação começou em setembro e, para a polícia, há outras cinco pessoas envolvidas no crime. Todos os suspeitos são de Salvador (BA) e vinham para Brasília apenas para fazer os furtos, que eram praticados sempre nas viagens de volta.
A corporação chegou ao grupo depois de eles se hospedarem em um hotel no centro da cidade e saírem sem pagar a conta. Agentes chegaram a invadir o quarto, mas encontraram apenas objetos femininos no local – roupas, perfumes e batons.
Os policiais passaram a cruzar os dados das passagens deles por Brasília com reclamações de companhias aéreas e extravios no aeroporto e concluíram que o trio estava por trás dos registros de furtos e fraudes.
“São muitas as ocorrências que, pelo modus operandi, a gente acredita que eles tenham feito. São bagagens extraviadas, trocadas nas aeronaves e nas esteiras. Tem mochilas cheias de papel colocada no lugar da das pessoas. Tem várias coisas”, explicou o delegado.
Lucena informou ter pelo menos 15 ocorrências de furtos de malas e bagagens violadas supostamente cometidos pelo trio. O delegado disse que a Polícia Civil ainda não tem uma estimativa do prejuízo causado pelo grupo. Eles usavam os nomes verdadeiros na hora de se hospedar e comprar as passagens, afirmou.
O Código Penal prevê de 1 a 3 anos de prisão por formação de quadrilha. Já para estelionato, a pena pode chegar a 5 anos. Lucena afirmou que eles vão responder por cada crime.