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Previsão orçamentária de Dilma para 2016 é furada. Falta ao governo usar a navalha na carne

Analistas políticos e econômicos estão entoando a mesma canção: é furada a previsão de crescimento econômico de 0,2% para 2016, previsto na proposta orçamentária. Para eles, a recessão no próximo ano, ficará em torno de 2,5%. Consideram também falsa a previsão de 5,4% para a inflação no ano que vem. Em torno de 10%, o que acontece nos dias de hoje.

Desnecessariamente otimistas são consideradas as receitas de R$ 31,7 bilhões com a ampliação das concessões de serviços públicos e as vendas de imóveis ociosos do país.

O salário mínimo, a partir de 1º de janeiro de 2016, será reajustado em 9,89% – ficando em R$ 865,06. Uma despesa que impactará o orçamento do INSS em 23,25 bilhões.

Os equipamentos eletrônicos, os vinhos, as bebidas destiladas também custarão mais caros em 2016.

O que chama a atenção na proposta orçamentária é que o governo não fala em cortar suas despesas, reduzir o número de ministérios, exonerar comissionados, com altos salários, em sua maioria indicados pelo PT.

O relator da proposta de Orçamento para 2016, deputado Ricardo Barros (PP-PR), afirmou que o projeto encaminhado pelo governo ao Congresso Nacional subestima as despesas da União em R$ 3,4 bilhões. Segundo ele, R$ 1,9 bilhões desse total referem-se à compensação que o governo deve repassar aos estados pela isenção de ICMS nas exportações, conforme previsto na Lei Kandir. Além disso, mais R$ 1,5 bilhão têm que ser destinados ao atendimento obrigatório das emendas individuais, apresentadas pelos parlamentares.

O presidente do Congresso, senador Renan Calheiros, ignorou o pedido dos partidos da oposição – PSDB, DEM e PPS de recusar a proposta orçamentária, devolvendo-a à presidente Dilma, para que ela promovesse os ajustes necessários para evitar o déficit de R$ 30,5 bilhões.

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