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Primavera atrai dengue e catapora pode vir junto

Com a mudança da estação, os casos de varicela, popularmente conhecida como catapora, podem aumentar. Isso porque a doença, que tem caráter sazonal, é altamente contagiosa, transmitida por contato ou por via respiratória.

A advertência é da pediatra Sandra Fernandes, coordenadora do Serviço de Emergência Pediátrica do Hospital de Clínicas Padre Miguel (HCPM), zona oeste do Rio de Janeiro. É preciso ter cuidado especial com as crianças, que estão mais suscetíveis por causa da convivência em creches e escolas.

Porém, segundo a médica, os adultos também podem contrair a doença em sua forma mais grave. “É comprovado um número maior de complicações decorrentes da catapora nos adultos, como casos de pneumonia, encefalite e infecção de pele, quando comparado com as crianças que contraem a doença”, afirma.

Para evitar o contágio, Sandra aponta a vacinação como a melhor forma de prevenção. No entanto, a dose só está disponível no Sistema Único de Saúde (SUS) para crianças de até 15 meses que já tenham recebido a primeira dose da vacina tríplice viral.

“As vacinas estão à disposição em postos de saúde e são gratuitas, distribuídas pelo Ministério da Saúde. A imunização contra a varicela é incluída na tetra viral, que também protegerá contra sarampo, caxumba e rubéola. Mas embora a vacina seja a melhor forma de prevenção, pois protege contra as formas mais graves da doença, é importante lembrar que, mesmo que a criança seja vacinada, ela pode contrair catapora de uma forma mais branda”, diz.

Contudo, alguns cuidados podem ser tomados por todos: não frequentar espaços fechados e com pouca circulação de ar; evitar contato com pessoas contaminadas e manter as crianças em casa até que todas as lesões estejam em fase de crosta, o que leva, em média, até dez dias. Porém, o tempo de cura pode variar “É fundamental procurar um pediatra para diagnóstico e orientação, além de evitar o contato com gestantes, crianças, idosos e pessoas com doenças crônicas que comprometem a imunidade”, revela a pediatra.

De acordo com a especialista, os primeiros sintomas são febre, mal-estar, diminuição do apetite, dor de cabeça e cansaço. “Posteriormente a esses sinais, os pacientes apresentam uma vermelhidão cutânea característica com lesões de vários tipos que normalmente surgem em grupos”, afirma Sandra.

A pediatra finaliza orientando os pais a evitarem a contaminação das lesões e, consequentemente, complicações da doença. “É importante não permitir que a criança coce as feridas; é necessário cortar as unhas dos pequenos e mantê-las sempre limpas; é recomendado usar roupas leves, para não gerar calor sob as lesões, e muita atenção durante a recuperação: repouso e uma dieta saudável ajudam a fortalecer o organismo”, conclui ela.

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