Os ‘300 do Brsil’ foram reduzidos nesta segunda, 15, a 294, com a prisão da ativista Sara Winter e cinco dos seus seguidores. O grupo é investigado por ameaças contra ministros do Supremo Tribunal Federal. As prisões foram feitas pela Polícia Federal, em mandado expedido pelo ministro Alexandre de Moraes, a pedido da Procuradoria-Geral da República.
O grupo de ativistas teve seu acampamento montado na Esplanada dos Ministérios derrubado no fim de semana. Sara e seus seguidores chegaram a apelar ao presidente Jair Bolsonaro, dizendo que estavam sendo perseguidos e que acabar com o acampamento era uma forma de arbitrariedade. Desde então, o presidente não se pronunciou.
Winter é a líder do grupo. As prisões são temporárias, por prazo de cinco dias, podendo ser prorrogadas. No fim de maio, depois que foi alvo de mandados de busca e apreensão autorizadas pelo STF, a ativista usou as redes sociais para ameaçar Alexandre de Moraes. À época ela disse que o ministro “nunca mais teria paz” e que contaria com ajuda para descobrir onde ele mora e quem trabalha na casa dele.
No sábado (13), acampamentos de apoiadores do presidente Bolsonaro, que estavam na Esplanada dos Ministérios desde o início de maio, foram desmontados em uma operação coordenada pela Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal (SSP) e o DF Legal, órgão de fiscalização do governo do Distrito Federal. Na ação policiais utilizaram spray de pimenta contra militantes que insistiam em permanecer na Esplanada.
Na manhã de domingo (14) Winter fez novas ameaças, desta vez, o alvo foi o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, chamado pela ativista de “ditador”. Em suas redes sociais, Sara Winter criticou um decreto de Ibaneis, publicado na noite de sábado. O documento determinou o fechamento da Esplanada dos Ministérios para evitar aglomerações.
A advogada de Sara, Renata Felix, informou que a prisão temporária é por cinco dias e que vai entrar com pedido de habeas corpus.