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Processo de degelo da Antártida duplica e chega a 160 bi de toneladas

As observações efetuadas nos últimos três anos pelo satélite Cryosat demonstraram que a Antártida perde 160 bilhões de toneladas de gelo anuais, o dobro do calculado em um estudo similar que abrangia os cinco anos anteriores, indicou nesta segunda-feira a Agência Espacial Europeia (ESA).

As camadas de gelo polares são um dos principais contribuientes à alta do nível do mar e a perda registrada por esse satélite da ESA são suficientes para provocar por si só uma elevação de 0,45 milímetros por ano, afirmou a organização em comunicado.

As zonas mais afetadas, segundo os dados analisados por especialistas do Centro britânico de Observação e Modelagem Polar, se encontram no oeste da Antártica (134,3 bilhões de toneladas anuais), no leste (3 bilhões) e na península (23 bilhões de toneladas).

O satélite Cryosat, lançado em 2010, está equipado com um altímetro que pode medir com precisão a variação de altura da superfície de gelo, o que permite aos cientistas ver a evolução com uma exatidão sem precedentes.

“Vimos que as perdas de gelo mais importantes se encontram no setor próximo ao mar de Amundsen, (…) com níveis de degelo de entre 4 e 8 metros ao ano”, explicou o professor britânico Malcolm McMillan, principal autor do estudo.

O desafio, de acordo com a ESA, radica em usar as provas recolhidas para melhorar os modelos de prognóstico, perante a evidência de que nessa parte do planeta estão ocorrendo mudanças significativas.

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