A Procuradoria-Geral da República (PGR) pediu ao Supremo Tribunal Federal novas diligências nos inquéritos que investigam políticos citados na Operação Lava Jato. Entre as providências solicitadas está a prorrogação do prazo das investigações.
No Supremo, cerca de 50 políticos são investigados com base nos depoimentos de delação premiada do doleiro Alberto Youssef e do ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa, principais delatores do esquema de desvios na estatal.
O pedido de novas providências foi feito após divergências entre o Ministério Público Federal (MPF), responsável pela força-tarefa criada para investigar as denúncias, e delegados da Polícia Federal.
Na semana passada, a pedido da procuradoria, o ministro Teori Zavascki, relator dos inquéritos da operação no STF, suspendeu depoimentos previstos de investigados. A procuradoria alegou necessidade de realinhar a estratégia na condução da investigação.
A Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal criticou o pedido de adiamento e classificou a medida de interferência indevida. Em nota, a PGR rebateu às acusações e declarou que cabe ao Ministério Público definir a estratégia de investigação da Operação Lava Jato.