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Ibaneis, o truculento

Professor encara Buriti e Justiça e mantém greve

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Autor/Imagem:
Carolina Paiva, Edição - Foto Paula Farias

O Sinpro decidiu recorrer da decisão do desembargador Roberto Freitas Filho, que determinou, em medida cautelar, que os professores suspendam a greve iniciada na última quinta-feira. O sindicato não foi notificado judicialmente da decisão até a noite de domingo, 7. A categoria, revoltada com o governo, que vem lhe dando as costas, divulgou nota em que conta toda a verdade. Veja:

O desembargador se apoiou na alegação do GDF de que as negociações não estariam concluídas, ignorando o fato de que o Sinpro protocolou sete ofícios solicitando audiência só em 2023, mas não foi recebido pelo governador – o que mostra que não havia negociação em curso.

Na ilegalidade, está o governador Ibaneis Rocha, que não cumpre a Lei do Piso Nacional do Magistério, nem a meta 17 do Plano Distrital de Educação.

O tratamento truculento que o governador Ibaneis dispensa à nossa categoria não é inédito. Seu governo tem sido marcado por imposições e pela ausência de diálogo. E, mesmo diante dessa hostilidade, enquanto enfrentamos 8 anos de congelamento salarial e a degradação crescente das nossas condições de trabalho, esta é a primeira vez em quatro anos e meio de governo Ibaneis que a categoria recorre à greve como ferramenta para fazer com que o governador ouça as nossas reivindicações.

Entretanto, ao contrário do que fizeram todos os demais governadores, que negociaram com a categoria em greve, Ibaneis, mais uma vez, exime-se de sua responsabilidade e se dirige à Justiça para não ter que negociar. Ele inclui no processo, inclusive, mais um elemento de coação, ao executar a cobrança de uma multa de R$ 3 milhões, referente à última greve de professores(as) e orientadores(as) educacionais, em 2017 – multa essa ainda não consolidada, pois pendente de julgamento.

Por todas as justificativas elencadas acima, por entender que a greve é justa e que a saída para ela está nas mãos do governador Ibaneis, o Sinpro-DF recorrerá da decisão do desembargador Roberto Freitas Filho.

O Comando de Greve reafirma que quem define o fim da greve não é o poder executivo nem o poder judiciário, mas sim, os trabalhadores e trabalhadoras reunidos em sua assembleia geral.

Portanto, o calendário de mobilização está mantido. De segunda a quarta, teremos nossos piquetes; às 16h de segunda-feira faremos faixaço e panfletagem na Rodoviária do Plano Piloto; e o Comando de Greve voltará a se reunir na noite de quarta-feira. Na quinta-feira, 11 de maio, às 9h30, acontecerá nossa próxima assembleia geral. O local será divulgado em breve.

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