Ambrósio, o Rambo brasileiro
Professor ‘machão’ cai ao ouvir sobre vietcongues
Publicado
emDizem que essa história aconteceu durante um curso de sobrevivência ministrado em uma certa polícia civil brasileira. Pois bem, não sei se isso realmente aconteceu da forma que irei contar, mas imagino que a minha versão seja bem mais interessante que a do suposto acontecimento. Isto é, se isso tenha mesmo acontecido, o que não duvido nem um pingo, bem como também não acredito em outro tanto.
Seja como for, o professor se chamava Ambrósio da Silva Pinto, mas todos o conheciam como Stallone. Isso mesmo! Stallone!!! Tudo porque, desde que havia assistido ao filme “Rambo – Programado para matar”, Ambrósio se identificou tanto com o tal herói, que fez de tudo para que todos o passassem a chamar de Stallone, sobrenome do astro Sylvester. De tanto insistir, conseguiu o seu intento.
Mas voltemos ao curso. Lá estava o Ambrósio, ou melhor, o Stallone, reiniciando a aula depois de um intervalo. Todos os alunos, uns 30, sentados ao redor. Tudo parecia bem, até que o professor observou uma aluna, a Roberta, com um copinho de café. Ríspido, Stallone logo a repreendeu.
– Pessoas morreram por isso, senhora Roberta! Pessoas morreram!!!
A mulher não conseguiu captar por todo aquela bronca. Afinal, qual era o problema de se tomar um cafezinho enquanto prestava atenção à aula? No entanto, o professor, ainda não satisfeito com a situação, continuou.
– Turma, vamos esperar que a senhora Roberta acabe de tomar o café!
Entretanto, ela não se deu por vencida e continuou a bebericar cada gole com gosto de vitória sobre o truculento professor. Stallone, esbaforindo de raiva, se sentiu afrontado por aquela quase garota magrela. Todos os alunos, olhos arregalados, torciam pelo desfecho daquela contenda, até que o Santana bocejou uma bocejada maior do que a sua barriga tão proeminente.
– Boceja de boca fechada, Santana!, Stallone repreendeu o soneca da turma.
Tudo parecia resolvido, até porque a Roberta já havia terminado o seu café. Todavia, Stallone, não querendo ficar por baixo, insistiu.
– Já posso retomar a aula, senhora Roberta?
– Professor, não sei se já te falaram, mas o Vietcongue deu uma baita duma surra no Rambo.