Os professores de várias províncias da Argentina iniciaram nesta segunda-feira uma greve de 48 horas após o fim das férias de inverno por rejeição aos baixos salários e a situação de “abandono” das escolas públicas do país.
A medida teve adesão principalmente na província de Buenos Aires, apesar de o Governo de María Eugenia Vidal ter declarado a conciliação obrigatória a fim de deixar sem efeito a greve até que se chegue a um acordo entre ambas as partes.
Em entrevista coletiva no começo da manhã, o titular do Sindicato Único de Trabalhadores da Educação da província de Buenos Aires (Suteba), Roberto Baradel, afirmou que se o Executivo do distrito aplicar uma multa pela continuação da greve, é porque “quer esconder que abandonou as escolas” nesse distrito e no resto do país.
Na semana passada, esse sindicato tinha convocado na província uma greve de 72 horas desde esta segunda-feira, quando seriam retomadas as aulas após as férias do inverno austral, mas, finalmente, aderiram aos dois dias da Confederação de Trabalhadores da Educação (CTERA).
Segundo revelaram à Agência Efe fontes de CTERA, a greve terminará na terça-feira com uma mobilização à sede do Ministério da Educação em Buenos Aires.
“Parece que não há Ministério em nível nacional, que as províncias ficam largadas à própria sorte. Falam de diálogo, mas não nos convocam”, criticou Baradel em referência à oferta de atualização de salários feita pelo Governo (um aumento de 16,7%) que quase não variou desde que começaram as negociações no início do ano, após 15 encontros.