Um protesto do Sindicato Estadual dos Profissionais de Educaçao (Sepe) interditou por cerca de duas horas a Avenida Rio Branco, no Centro do Rio, a partir das 16h desta segunda-feira (24). Funcionários da rede municipal e estadual reivindicam que um terço da jornada de trabalho seja destinada para atividades extraclasse, o que é lei, segundo a categoria. Os professores realizaram paralisação nesta segunda. De acordo com a Polícia Militar, 150 pessoas participaram do ato.
Para filmar a manifestação, alguns PMs utilizaram óculos com microcâmeras acopladas. O objetivo, segundo a corporação, é garantir a isenção nas abordagens policiais e ter arquivos de imagens que contribuam para possíveis investigações.
A coordenadora geral do Sepe, Marta Moraes, disse que a função da paralisação é “pressionar o estado e o município”. “A gente precisa desse planejamento extraclasse para corrigir provas, planejar a aula.”
O Sepe aguarda uma reunião entre a prefeitura e governo com os grupos de trabalho, organizados após os protestos pela melhoria dos planos de cargos e salários em 2013, para adotar novas medidas. Uma assembleia foi marcada para o dia 15 de março e uma nova greve não esta descartada.
Por meio de nota, a Secretaria de Estado de Educação (Seeduc) disse que lamenta a paralisação marcada pelo sindicato para esta , apenas 20 dias depois do início do ano letivo.
Segundo a Seeduc, 135 servidores, de um total de 91 mil, faltaram ao trabalho. A nota afirmava que a greve é inoportuna, já que os sindicatos estão em negociação com a secretaria. Inclusive, no último dia 13, o secretário de Estado de Educação, Wilson Risolia, recebeu representantes da União dos Professores Públicos do Estado (Uppes) e do Sepe que compõem o Grupo de Trabalho, formado a pedido do Supremo Tribunal Federal (STF), para dar continuidade aos debates sobre as principais reivindicações. Os maiores prejudicados com uma paralisação nesse momento são os alunos da rede pública.
Este é o primeiro protesto do Sindicato Estadual dos Profissionais de Educaçao (Sepe) em 2014, após uma série de atos em 2013.