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Professores da rede pública ganham reforço de voluntários

Foto: Tony Winston/Agência Brasília

Acompanhados sempre pelo professor, estudantes dos dois primeiros anos do ensino fundamental de 119 escolas de Brasília, com idades entre 6 e 7 anos, passaram a conviver, neste ano letivo, com outro educador dentro da sala de aula: o assistente de alfabetização.

Graduando ou formado em pedagogia, ele tem a missão de ajudar os alunos nas tarefas relacionadas à leitura, à escrita e à matemática. A função é voluntária, mas o assistente tem direito a uma ajuda de custo que varia entre R$ 150 e R$ 300.

O recurso vem do Ministério da Educação, responsável pelo programa Mais Alfabetização, que, por meio de apoio técnico e financeiro, prevê a presença dos assistentes em colégios das redes públicas municipais, estaduais e do Distrito Federal.

Na capital do País, a estratégia foi possível após a Secretaria de Educação aderir ao programa nacional.

De acordo com a pasta, no DF estão previstos três momentos de avaliações de desempenho em língua portuguesa e matemática. Assim, será possível acompanhar o programa em cada escola, além de subsidiar a tomada de decisões por parte dos gestores educacionais.

São as secretarias que escolhem os voluntários, e cada um pode atender até oito turmas. Eles devem se comprometer a:

apoiar o professor no auxílio às crianças
conduzir a mediação de grupos em sala de aula
ajudar o professor nas atividades
acompanhar o desempenho escolar do aluno

A escolha dos profissionais é feita por uma comissão, formada por gestores, professores e equipe pedagógica das escolas.

Atualmente, há 140 assistentes na rede de ensino do DF. Além das 119 que já estão com o programa em andamento, outras 123 escolas estão cadastradas e aguardam a liberação da verba.

Os recursos são mantidos pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), e o repasse é feito por meio do Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE).

O apoio do assistente de alfabetização ocorre prioritariamente no turno regular por um período de cinco horas semanais. No caso de escolas vulneráveis, a jornada é de dez horas semanais.

São consideradas vulneráveis as unidades em que mais da metade dos estudantes participantes do Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb) obtiveram resultados em níveis insuficientes (leitura, escrita e matemática) e as que apresentam índice de nível socioeconômico de muito baixo a médio, segundo classificação do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).

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