Cerca de 3 mil professores aprovaram por unimidade, nesta quinta 15, a continuidade da greve no estado e no muncípio do Rio de Janeiro. A paralisação começou na última segunda-feira (12), em protesto por reajuste salarial de 20%, redução da jornada semanal de trabalho dos funcionários administrativos para 30 horas e reserva de um terço da carga horária para preparar aula.
Os profissionais estão reunidos no Club Municipal, na Tijuca, onde escolhem, neste momento, uma comissão para negociar com o Poder Público. “Ainda não fomos recebidos pelos governos. Queremos negociar”, disse Marta Moraes, diretora do Sindicato Estadual dos Profissionais da Educação do Rio de Janeiro (Sepe-RJ).
A expectativa é que os professores participem ainda na tarde de hoje, de uma manifestação na Central do Brasil e na Avenida Presidente Vargas, no centro da cidade. Lá estarão grupos que protestam contra gastos públicos e violação de direitos humanos para a relização da Copa do Mundo no Brasil.
De acordo com os professores, cerca de 27 mil (30% do total) estão parados em todo o estado. O número é cem vezes maior do que o confirmado pela Secretaria de Educação do Rio de Janeiro, que até ontem (15) informava que apenas 0,3% da categoria ou 269 profissionais estão em greve.
Ontem (14), as secretarias municipais e estaduais anunciaram corte de ponto dos grevistas, depois de o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luiz Fux ter suspendido, na terça-feira, o acordo que encerrou a greve da categoria em 2013. A decisão foi tomada depois de reunião com a prefeitura e o governo do estado.
A categoria alega que foi convidada de última hora para a reunião em Brasília e, portanto, não teve como consultar os colegas para se posicionar sobre o econtro com o ministro. “Fomos notificados na véspera e a reunião foi às 10h”, disse a diretora do Sepe, Wiria Alcântara. “Além disso, a audiência em Brasília só faria sentido se houvesse esgotado a etapa de negociação, que sequer tivemos”, completou.
Isabela Vieira, ABr