Os professores da rede pública, em greve há um mês, acirraram os ânimos com o governo nesta quarta-feira, 11, ao tentarem invadir o Palácio do Buriti. Outro grupo ocupou a Câmara Legislativa, anunciando uma greve de fome.
A categoria cobra o pagamento da última parcela do reajuste salarial escalonado, de 3,5%. No Buriti, policiais militares reagiram com spray de pimenta e impediram a entrada do grupo no prédio.
A manifestação reuniu cerca de 5 mil professores. A assembleia que votaria a continuidade da paralisação foi suspensa, e os manifestantes fecharam todas as faixas do Eixo Monumental.
Paralelamente, 40 professores estavam em corredores da Câmara Legislativa. O grupo diz estar em greve de fome como protesto contra a suspensão dos reajustes.
Diretor do sindicato, Kleber Soares diz que o ano letivo não terminará se o governador Rodrigo Rollemberg não negociar com a categoria de forma justa. Ele classificou como “truculenta” a ação do governo para discutir o retorno das atividades.
“O governador manda os policiais militares agirem de forma violenta com os professores, sendo que somos todos trabalhadores. Não adianta o GDF vir com ameaças e achar que esse tipo de ação vai nos calar. Nossa luta é justa e legal, diferentemente desse governo que trabalha com ilegalidade”, declarou.
A categoria entrou em greve no dia 15 de outubro. Segundo o sindicato, 70% dos 33 mil servidores estão parados. Com a paralisação, as aulas nas escolas públicas, técnicas centros de língua e escola de música estão suspensas. Ao todo, são 470 mil alunos.
Professores também pedem o pagamento integral do 13º de novatos e o respeito à jornada de trabalho. A greve foi considerada ilegal pela Justiça. A multa por descumprimento já supera R$ 10 milhões.
Da Redação com o G1