Os professores da rede estadual de São Paulo decidiram suspender a greve. A decisão foi tomada na tarde desta sexta-feira (12) em assembleia na avenida Paulista. A paralisação durou 92 dias e foi a maior greve da categoria no Estado.
A decisão ocorre em um momento de enfraquecimento da paralisação — com o desconto dos dias parados, a adesão à greve diminuiu, segundo o sindicato. A Apeoesp, principal sindicato da categoria, contabilizava que 30% dos profissionais estão paralisados. No começo da semana retrasada, o governo Geraldo Alckmin (PSDB) afirmava que os faltosos não passam de 5%.
O motivo, segundo o sindicato, foi o corte de ponto dos grevistas, que estão desde maio sem receber salário. O sindicato recorre dos descontos no Supremo Tribunal Federal (STF).
O sindicato da categoria fez uma reunião com o governo do Estado neste mês. O governo informou que enviará, em até 30 dias, projeto de lei que estende o atendimento médico de saúde dos servidores públicos (Iamspe) a esta parcela da categoria.
O governo também sinalizou que vai diminuir o intervalo contratual dos temporários para três anos – hoje, eles precisam se afastar das aulas por 40 dias após um ano de trabalho, para não haver vínculo empregatício. A Secretaria Estadual de Educação já havia mencionado em reunião anterior que “estudava” a implementação das medidas.