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Programa Talentos RJ investe em atletas para os Jogos Olímpicos, em agosto

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Com apenas 16 anos, Aline Facciolla já escreveu seu nome na história do esporte brasileiro. A atleta do levantamento de peso, que foi campeã mundial sub-17 em 2015, em Lima, no Peru, acaba de conquistar outro feito: quebrou o recorde sul-americano da modalidade, com a marca de 77 quilos de arranco e 12 kg, de arremesso, no fim do ano passado. Ela também ficou em primeiro lugar na competição. A jovem é uma das integrantes do Talentos RJ, programa de apoio ao esportista da Secretaria de Esporte, Lazer e Juventude, viabilizado por intermédio da Lei de Incentivo ao Esporte. Aline Facciolla vive momentos de expectativa e aguarda a definição da Confederação Brasileira de Levantamento de Peso para saber se estará nos Jogos Olímpicos do Rio, em agosto.

– Em 2011, estava na fila para almoçar quando um dos professores me chamou para fazer um teste no levantamento de peso. No início, não gostei muito, pois não estava acostumada e não sabia sobre o esporte. Com uma semana de treinamento, competi pela primeira vez em um Brasileiro sub-17 e fui campeã – contou Aline, que utiliza as instalações do Centro de Educação Física Almirante Adalberto Nunes (Cefan), da Marinha do Brasil, na Penha, para treinamento e alojamento.

Nascida e criada em Acari, na Zona Norte do Rio, Aline é determinada. Este ano será o último na categoria até 17 anos e, a partir de 2017, competirá pelo Juvenil. A atleta já definiu quais são os objetivos para o futuro.

Novas vitórias
No sub-17, fui campeã sul-americana nos anos de 2013 e 2014, além do título mundial, em 2015. Este ano, o objetivo é buscar o bicampeonato. Terei outras competições ao longo de 2016 e algumas já serão no sub-20” afirmou a jovem atleta, que vai cursar o 2° ano do Ensino Médio no turno da noite para se dedicar aos treinos durante o dia.

Dedicação diária nos treinos
A vida de um atleta do levantamento de peso segue, em média, até os 35 anos. Com quase cinco anos de carreira, a jovem investe na profissão, que já teve fama de ser masculinizada.

– Atualmente, há muitas mulheres praticando o levantamento de peso. O corpo muda um pouco, pois precisamos ficar fortes para aguentar o peso. Além do treinamento, faço musculação, fisioterapia e tenho acompanhamento de nutricionista. Integrar o Talentos RJ só me ajudou, pois a vida de atleta é cara. Acho que o meu desempenho tem sido um reflexo deste investimento – afirmou Aline.

O objetivo da atleta é  passar por mais dois ciclos olímpicos.

Caso não consiga estar nos Jogos de 2016, tenho certeza de que em 2020 será o meu ano” contou a jovem.

A atleta lembrou que, no início da carreira, sua mãe não gostou de saber que a filha se dedicaria ao levantamento de peso. Achava o esporte perigoso. Hoje, Aline recebe o apoio da família.

– Busquei no esporte uma lição: todo dia é um novo começo. É preciso muito foco e entrega, e todos os dias me motivo cada vez mais – disse a atleta.

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