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Cagaita, baru, murici, araticum…

Projeto local pesquisa potencial de frutos do Cerrado

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Autor/Imagem:
Antônio Albuquerque, Edição - Foto Reprodução/Agência Brasília

Há quem ame ou odeie o pequi. Mas você conhece cagaita, baru, buriti, mangaba, murici, jatobá-do-cerrado e araticum? Com o objetivo de conhecer o potencial destes frutos para a preservação do cerrado e para atender às políticas públicas da merenda escolar, o Instituto de Pesquisa e Estatística do Distrito Federal (IPEDF) está desenvolvendo o projeto Caminhos de restauração: valorização dos produtos florestais não madeireiros .

O projeto do IPEDF tem o objetivo de proteger o Cerrado, o segundo maior bioma na área do país, sua grande biodiversidade, espécies endêmicas (únicas para um determinado local), que ajudam a regular o clima e fazem a recarga de aquíferos abastecendo os principais bacias hidrográficas do país e também são importantes estocadores de CO2, especialmente em suas raízes.

O Cerrado tem um potencial gigantesco de biodiversidade que pode servir de fonte de alimentos, medicamentos e cosméticos que, extraídos de forma adequada, podem aumentar o potencial econômico do bioma, além de reduzir as desigualdades sociais daqueles que utilizam produtos oferecidos pela floresta.

A iniciativa do IPEDF também está em consonância com a lei nº 7.228/2023, sancionada em janeiro de 2023, que prevê que a merenda escolar do DF priorize a compra de frutos e produtos nativos do Cerrado. Assim, o projeto, ao trazer informações sobre os benefícios socioeconômicos, culturais, ambientais, estimativa da cadeia de valor e traçar projetos econômicos para os produtos florestais não madeireiros, está ao mesmo tempo subsidiando o governo quanto ao atendimento à lei e valorizando a floresta em pé.

A pesquisa visa contribuir com as ações do Governo do Distrito Federal, que garantem a importância deste bioma para a manutenção da qualidade de vida das populações e manter a casa do campo no seu habitat, além de gerar emprego e renda.

A pesquisa vai buscar aprofundar o conhecimento sobre a cadeia produtiva e ajudar na implementação de políticas públicas que possam valorizar os produtos florestais não madeireiros, como as frutas do Cerrado, castanhas e sementes que podem ser processadas e inseridas na alimentação dos estudantes das escolas públicas do DF.

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