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Promotor que denunciou Cris Kirchner é encontrado morto

O promotor argentino que foi encontrado morto em seu apartamento após acusar a presidente Cristina Kirchner de acobertar o Irã na investigação sobre um ataque a bomba que matou 85 pessoas em 1994, havia dito ao jornal Clarín na última quarta-feira, 14, que poderia ser morto.

No sábado, 17, Alberto Nisman voltou a fazer a mesma premonição, dessa vez durante uma conversa com a cronista Natasha Niebieskikwiat.

Nisman escreveu um “ok” ao fim da sua conversa com a jornalista, por Whatsapp, às 21h17 de sábado. No domingo, não respondeu a nenhuma mensagem de Natasha, mas o aplicativo mostrava que as mensagens haviam sido recebidas.

Alguns meios de comunicação noticiaram que ele havia preparado a filha para as coisas horríveis que ela ouviria a seu respeito. “Desde hoje, minha vida mudou. Tive que dizer a minha filha que ia escutar coisas horríveis sobre mim”, disse ao canal de TV Todo Noticias, na quarta-feira, horas depois de surpreender o país com sua denúncia.

Assim que a ‘ultra-kirchnerista’ Diana Conti soube que Nisman contaria no Congresso detalhes sobre a sua denúncia contra a presidente, entrou em contato com a filha do promotor: “Dissemos a filha de Nisman que ficasse tranquila, que não atacaríamos seu pai”, declarou.

Durante a última conversa que teve com o Clarín, Nisman contou que precisava se concentrar e se isolar naquele fim de semana para estudar sua apresentação, que aconteceria nesta segunda-feira. Em nenhum momento, informou o jornal, ele pareceu ter vontade de se matar.

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