Com a chegada dos festejos do carnaval de Brasília em 2018, a atenção a crianças e adolescentes que queiram brincar na folia deve ser redobrada. Neste ano, a previsão é que mais de 2 milhões de pessoas passem por cerca de 200 eventos carnavalescos no DF.
Nesse ambiente, os riscos são agravados, informa Aurélio Araújo, secretário de Políticas para Crianças, Adolescentes e Juventude. “Grandes aglomerações favorecem o desaparecimento de crianças e violação de direitos, como exploração de trabalho infantil e abusos”, explica.
Para fortalecer a segurança dos pequenos foliões, a secretaria lança, neste sábado (27), a campanha Direito de ser criança, direito de brincar o carnaval. O objetivo é conscientizar a população sobre o tema, por meio de material educativo como leques, adesivos e cartazes.
A equipe mobilizada pela pasta estará no bloco infantil de pré-carnaval Suvaquinho da Asa, no gramado da Funarte.
Parte do programa Criança Candanga, a iniciativa é uma forma de fortalecer a construção de uma cultura em que a população tenha consciência do papel no combate à exploração e ao abuso infantil em qualquer ambiente.
“Proteger crianças e adolescentes é responsabilidade de todos. Precisamos da atenção dos foliões para que tenhamos um carnaval seguro e saudável”, reforça o secretário.
De acordo com ele, entre as principais violações está o abuso de álcool e de outras drogas, o trabalho infantil e a exploração sexual, que vitima principalmente meninas.
“Temos que estar alertas para situações em que essas adolescentes estejam vulneráveis e para combater qualquer tipo de abuso – físico ou psicológico – que possa ocorrer na multidão”, defende Araújo.
A campanha integra os demais órgãos de governo que atuam em festividades, como as forças de segurança, a Agência de Fiscalização (Agefis), os Conselhos Tutelares, a Vara da Infância e da Juventude, organizadores de blocos de carnaval e membros da sociedade civil.