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PSB reúne Executiva e anuncia independência do Planalto

O PSB não vai manifestar apoio público ao segundo governo de Dilma Rousseff. Nem comporá a equipe. Mas não fará oposição sistemática. Será, nas palavras dos seus dirigentes, um partido independente a nível nacional, mas de composições nos estados.

Essa linha de ação foi definida nesta quinta-feira 27, em reunião da Executiva Nacional. Os filiados estão proibidos de participar do governo de Dilma, anunciou o presidente nacional da legenda, Carlos Siqueira.

Mas Siqueira sublinhou que a independência do partido não pode ser confundida com oposição. “Nossa posição consiste em examinar a conduta do governo, as propostas do governo, as mais estratégicas, e se definir sobre elas de forma contrária, ou a favor. Não tem necessidade de ser obrigatoriamente contra, ou obrigatoriamente a favor”.

Outro ponto que ficou claro: a proibição de membros do partido de integrarem o governo do PT está restrita ao âmbito federal. Siqueira disse que integrantes do PSB estão autorizados a assumirem cargos em governos do PT nos Estados da mesma forma que petistas poderão integrar os governos do PSB. Em pelo menos quatro Estados (Acre, Amapá, Paraíba e Bahia) o PSB apoiou a candidatura de Dilma  no segundo turno.

A reunião da Executiva foi em Brasília. Durou quatro horas e meia e contou com as presenças de atuais governadores como o do Espírito Santo, Renato o Casagrande, do reeleito Ricardo Coutinho, da Paraíba, e de governadores eleitos como Rodrigo Rollemberg, do Distrito Federal, e Paulo Câmara, de Pernambuco.

Siqueira evitou falar em penalidades para possíveis filiados do PSB que integrem o governo federal, mas disse que os casos serão analisados pela executiva do partido. Mais cedo, o líder do PSB na Câmara, Beto Albuquerque (PSB-RS), foi mais enfático. “Se quiser ir para o governo, pede para sair do PSB e fica bem mais fácil”, afirmou Albuquerque.

O presidente do partido disse ainda que a direção do PSB vai orientar a sua bancada no Congresso em temas considerados ‘estratégicos’ pela cúpula da legenda. “Para algumas questões estratégicas, o partido vai orientar a bancada. Não é centralismo. É uma posição partidária. No caso da CPI da Petrobras no Senado, já fizemos isso. Alguns parlamentares não quiseram assinar a criação (da CPI), mas fizeram”, disse Siqueira.

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