O PSD de Rogério Rosso e Renato Santana enfim rompeu o cordão umbilical com Rodrigo Rollemberg e seu PSB. Esse racha vai jogar mais pimenta nas eleições do próximo ano. A partir de agora o governador é obrigado a disputar a reeleição, pois caso pretenda outro cargo que o obrigue a se desincompatibilizar, terá em Renato, o vice que se fará titular, um ferrenho adversário.
O certo é que o governo de Brasília virou uma salada azeda preparada em um barril de pólvora que jogou estilhaços para todos os lados. A começar pela saída de Arthur Bernardes da Secretaria de Justiça, cargo que ocupava por indicação de Rosso na aliança que elegeu Rollemberg para o Palácio do Buriti. Para a vaga vai Guilherme Rocha Abreu, até então chefe de gabinete de Sérgio Sampaio, chefe da Casa Civil, que saiu fortalecido em todo esse episódio.
Guilherme é brasiliense, onde nasceu em setembro de 1967. Formou-se em engenharia mecânica, pela UnB e em direito pelo UniCeub. Tem também pós-graduação em Direito Civil. Como servidor público de carreira, é perito criminal da Polícia Civil. Em 2016, respondeu interinamente pela Secretaria de Justiça e Cidadania. Em seguida, assumiu a chefia de Gabinete da Casa Civil, onde permaneceu até agora.
Em nota oficial, Rollemberg informou ter acatado a decisão do PSD – partido do ex-secretário Arthur Bernardes – de sair da administração e espera que a legenda “continue apoiando, na Câmara Legislativa, as propostas importantes para o desenvolvimento da cidade”. Segundo o governador, “a participação na administração pública de Brasília pressupõe comprometimento e lealdade aos princípios que nortearam a formação da chapa vitoriosa em 2014”.