André Ítalo Rocha, Marcelo Osakabe e Valmar Hupsel Filho
As principais lideranças do PSDB passaram quatro horas reunidas na noite desta segunda-feira, 10, no Palácio dos Bandeirantes, em São Paulo, mas não definiram se o partido desembarca ou não do governo de Michel Temer. Segundo o presidente interino da legenda, senador Tasso Jereissati (CE), a decisão não poderia ser tomada agora porque é um assunto da alçada da Executiva do PSDB.
Os tucanos resolveram fazer uma convenção no mês que vem para eleger uma nova direção executiva para o partido – o que inclui o cargo de presidente. Tasso assumiu o comando da legenda em maio, após a revelação do envolvimento do então presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves (PSDB), na delação do empresário Joesley Batista, da JBS.
Os tucanos também pretendem aproveitar a convenção fazer uma reflexão sobre as propostas do partido para o Brasil. “Precisamos revisitar o nosso programa”, disse Tasso. Segundo ele, o PSDB tem passado por um processo de envelhecimento e, portanto, precisa de um renovação. “Precisamos refletir sobre nossos erros”, afirmou.
O senador também comentou sobre a reforma da Previdência e disse que “é muito difícil” que a proposta seja votada no Congresso no segundo semestre deste ano.
A reunião convocada pelo governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, contou com as presenças de Tasso, Aécio, do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, do prefeito de São Paulo, João Doria, do senador José Serra (SP) e dos governadores Beto Richa (PR), Reinaldo Azambuja (MS), Pedro Taques (MT), além de outros parlamentares.