O PSL decidiu bater de frente com Renan Calheiros (MDB) pela presidência do Senado. A decisão foi tomada em reunião da bancada da legenda no Congresso Nacional nesta quinta-feira, 3. O ‘trator’ que vai tentar derrotar o senador alagoano atende pelo nome de Major Olímpio. Ele é paulista.
No dia anterior, os bolsonaristas anunciaram apoio à reeleição de Rodrigo Maia (DEM) na presidência da Câmara. Agora esperam reciprocidade no outro lado do ‘túnel do tempo’, como é chamada a ligação entre as duas Casas do Legislativo.
“Consolidamos nossas metas. Vamos correr para alcançar os objetivos”, disse Luciano Bivar, presidente do PSL. Segundo ele, o presidente Jair Bolsonaro não foi consultado formalmente sobre os rumos do partido no Congresso Nacional.
Bivar enfatizou que não se trata de posição de governo. “Temos autonomia para atuar no Congresso. O presidente (Bolsonaro) não interfere em assuntos do Legislativo”, sublinhou.
O senador Major Olímpio confirmou sua candidatura à presidência do Senado e disse ver em Renan Calheiros um candidato forte. “Me coloco como mais uma opção. Renan Calheiros tem uma força significativa e é o mais forte hoje. Mas vamos à luta”, frisou.
Na eleição da Câmara, o acordo com o PSL foi fechado após uma reunião de Maia com Bivar. O dirigente do partido de Bolsonaro disse que um dos seus 52 integrantes vai comandar as comissões de Constituição e Justiça e a de Finanças. Também ficou garantida a segunda-vice-presidência da Câmara.
No Palácio do Planalto, ao saber do anúncio do PSL, o ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, reafirmou que o governo não vai interferir na disputa no Congresso. “Desde que venceu a eleição, o presidente Jair Bolsonaro tem dito que não deve interferir na disputa do Congresso. Não haverá intervenção”, afirmou Onyx.