As manifestações que aconteceram na noite do domingo 8 durante pronunciamento da presidente Dilma Rousseff foram orquestradas para impedir o alcance da mensagem, mas fracassaram em seus objetivos. É o que diz a Agência de Notícias do PT, atribuindo a avaliação ao secretário nacional de Comunicação da legenda José Américo Dias e do vice-presidente e coordenador das redes sociais da legenda, Alberto Cantalice.
– A comprovação do curto alcance do protesto veio pelas próprias redes. A hashtag #DilmadaMulher, em apoio à presidente, tornou-se uma das mais usadas pelos internautas e entrou para o trending topics do Twitter, durante a fala da presidenta em cadeia nacional de rádio e tevê, dizem os petistas.
O chamado “panelaço”, realizado por moradores de bairros de classe média , como Águas Claras (DF), Morumbi e Vila Mariana, em São Paulo, e Ipanema, no Rio, foram mobilizados durante o final de semana por meio das redes sociais, conforme monitoramentos do PT.
“Tem circulado clipes eletrônicos sofisticados nas redes, o que indica a presença e o financiamento de partidos de oposição a essa mobilização”, afirma José Américo. “Mas foi um movimento restrito que não se ampliou como queriam seus organizadores”, completa.
O secretário avalia que a mobilização não repercutiu nas áreas populares e perdeu o alcance. Para Cantalice, a movimentação via internet tem ligações com outras reações ao governo, oriundas de setores que pretendem um golpe contra a atual gestão.
“Existe uma orquestração com viés golpista que parte principalmente dos setores da burguesia e da classe média alta”, define o vice-presidente. Cantalice entende que essas reações são semelhantes às que estimularam as chamada “Marchas da Família”, com o apoio da grande mídia, e se tornaram os baluartes do golpe que derrubou o presidente João Goulart.
“Hoje, reciclados, investem em novas formas de atuação buscando galvanizar os setores populares”, afirmou.