Antagonistas na arena política, PT e PSL vão abocanhar as maiores fatias do Fundo Partidário a ser usado nas eleições municipais deste ano. De um total de dois bilhões de reais, os dois, juntos, abocanharão a quinta parte do bolo. Serão 200 milhões para os lulistas e 193 milhões 680 mil para os bivaristas.
O rateio foi anunciado na noite desta segunda, 8, por Luiz Roberto Barroso, presidente do Tribunal Superior Eleitoral. O ministro também revelou que, por orientação de entidades médicas, o pleito deve ser realizado somente em novembro, por conta da pandemia do novo coronavírus.
Entretanto, a decisão de adiar ou não a corrida às urnas, mesmo que por poucas semanas, caberá ao Congresso Nacional. Avalia-se a aprovação de uma emenda à Constituição, mas há quem entenda que, em função do estado de emergência que vive o País, um ato simples do TSE resolva o problema.
Já está descartada – questão unânime entre Barroso e os presidentes da Câmara Rodrigo Maia e do Senado Davi Alcolumbre – a prorrogação dos mandatos dos atuais prefeitos e vereadores. Isso, segundo Barroso, não acontecerá. Na pior das hipóteses a disputa acontecerá na primeira semana de dezembro, para dar margem de prazo a um eventual segundo turno em algumas cidades com mais de 200 mil eleitores.
O Novo, partido de João Amoêdo e de Romeu Zema, governador de Minas, foi o único partido que abriu mão da sua cota, de 36 milhões 500 mil reais. As 10 maiores fatias serão assim distribuídas: PT – R$ 200.925.914,05; PSL – R$ 193.680.822,47; PSD – R$ 157.180.452,52; MDB – R$ 154.867.266,21; PP – R$ 140.245.548,54; PSDB – R$ 126.028.246,07; PL (PR) – R$ 123.291.771,52; DEM – R$ 114.582.014,53; PSB – R$ 109.473.374,53; e Republicanos (PRB) – R$ 104.420.877,14.