A direção do PT considera fazer, nesta sexta-feira, um desagravo público ao tesoureiro do partido, João Vaccari Neto, na festa de 35 anos da legenda que será realizada em Belo Horizonte e deve ter a presença da presidente Dilma Rousseff e do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A expectativa é de que a reunião do diretório nacional, promovida antes da festa também seja marcada por manifestações de solidariedade.
Vaccari Neto afirmou a colegas de partido que respondeu a todas as perguntas feitas pela Polícia Federal e que não era necessário que os agentes do órgão fossem até sua casa para levá-lo para depor. Ele também negou que policiais tenham pulado o muro de sua casa durante nova etapa da Operação Lava Jato, apesar de a PF ter divulgado um vídeo mostrando a cena.
O PT saiu em defesa do tesoureiro nesta quinta-feira. “Não temos medo. Não aceitamos o estigma da corrupção, somos um partido honesto, que cumpre as leis do país e não vamos aceitar provocação”, afirmou o presidente do PT, Rui Falcão. O partido não considera o afastamento do tesoureiro de suas funções.
O nome de Vaccari foi associado ao esquema de corrupção que nasceu dentro da Petrobras após a afirmação do ex-gerente Pedro Barusco de que o PT recebeu até R$ 200 milhões entre 2003 e 2013, com a participação do tesoureiro.